Otimização de recursos, educação humanizada, diversidade e cultura profissional de limpeza foram alguns dos temas abordados no 6º Fórum RL de Escolas, evento que reuniu cerca de 70 profissionais da área de facilities e educação.
Com o objetivo de promover a troca de experiências e fomentar o debate sobre o gerenciamento de facilities em instituições de ensino, a RL Higiene realizou, no dia 23 de maio de 2019, o 6° Fórum RL de Escolas no Colégio Sidarta, em Cotia (SP).
Ricardo Vacaro, diretor geral da RL Higiene, abriu o evento apresentando os resultados de uma pesquisa da ISSA (Worldwide Cleaning Industry Association), referência mundial em informações do segmento, que mensura o impacto econômico da limpeza profissional nas organizações.
Segundo o estudo, o absenteísmo de funcionários devido a problemas de saúde, gera prejuízo anual de 16 bilhões de dólares no ambiente escolar, há impacto direto no aprendizado. Por outro lado, a limpeza adequada dos espaços de trabalho ou estudo reduz em 46% o índice de faltas e 80% as chances de contrair resfriados ou gripes.
Claudia Siqueira, diretora do Sidarta, seguiu destacando a importância dos profissionais de facilities para o funcionamento da instituição. “Quando falamos em educação, falamos muito dos professores e esquecemos de toda a equipe que está por trás da operação da escola.”
Seguindo a proposta de criar um projeto pedagógico baseado em educação humanizada, o Sidarta implantou, no início deste ano, um sistema onde os próprios alunos fazem a limpeza das salas de aula. “Isto não é uma questão de economia, mas de ampliar o envolvimento e conscientizar sobre as responsabilidades. Assim, a equipe ganhou mais tempo disponível para ficar com suas famílias, e os alunos se sentiram orgulhosos por contribuir com essa melhoria em qualidade de vida.”
Essa ideia vem ao encontro do conceito do it yourself (faça você mesmo), que vem ganhando força no Brasil – uma premissa presente no SelfCleaning, produto lançado pela RL Higiene que proporciona autonomia para que os profissionais realizem a limpeza de suas estações de trabalho sempre que quiserem.
“Foi-se o tempo que a limpeza era obrigação exclusiva da equipe de facilities. Esse foi o ponto de partida para a criação do SelfCleaning”, explica Ricardo.
Camila Mongs, gestora da área de facilities do Sidarta, falou sobre otimizações aplicadas no colégio com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e aprimorar a otimização de recursos, como a substituição de copos descartáveis reutilizáveis e uso de canetas recarregáveis.
Liliana Romano e Audrey Pedote foram convidadas para falar sobre seu projeto “Organizadaria”, startup que atua na organização profissional em instituições de ensino. “Propomos uma mudança da cultura institucional, e o Sidarta tornou-se uma escola modelo para aplicação de técnicas de otimização de espaços e recursos”.
O evento prosseguiu com o tema “Como lidar com a diversidade na área de facilities”, palestra ministrada por Jussara Ferreira, líder do setor da Escola Vera Cruz. “Muitos gestores deixam de contratar cadeirantes, por exemplo, por haver muitas escadas no local de trabalho. Mas até que ponto não é nossa obrigação criar soluções de acessibilidade para esses espaços? Isto tem que ser feito em algum momento.”
Joaquim Félix, administrador de facilities colégio Dante Alighieri, contribuiu com o debate ao apresentar as soluções criadas pela instituição para desenvolver uma cultura profissional de limpeza. “Criar uma nova metodologia de trabalho requer disciplina. Não é chegar e dizer que está tudo errado. Respeitamos a experiência dos profissionais e aprimoramos processos e rotinas, gerando reduções significativas de custos”.
Cássia Almeida, superintendente da Fundação do Asseio e Conservação do Estado do Paraná (FACOP), entidade que ministra cursos profissionalizantes voltados para a área de facilities, falou sobre a educação e capacitação dos funcionários de limpeza. “Precisamos reconhecer de forma humanizada o trabalho dos profissionais que atuam na base operacional.”
O Fórum RL de Escolas foi criado para preencher uma importante lacuna, detectada após anos de relacionamentos estreitos com facilities de grandes escolas. A limpeza e higiene profissional reduzem as chances de transmissão de doenças e têm um impacto significativo na diminuição de faltas de alunos e professores, tornando-se uma área que demanda crescente atenção. Mas percebemos que esse público mantinha pouco ou nenhum contato com seus colegas de outras entidades, deixando as escolas isoladas e assim desperdiçando a chance de conhecer outras ideias que poderiam melhorar seus processos internos, conclui Enrico Vacaro, coordenador de marketing da RL Higiene.