Descartar o papel higiênico no vaso sanitário ou no lixo? Essa é uma dúvida comum entre os brasileiros. Pensando nisso, o UOL publicou uma reportagem na qual analisa as opções de descarte de papel higiênico.
Enquanto em alguns lugares, como nos Estados Unidos e na Europa, a prática de jogar o papel no vaso é comum, aqui no Brasil, a maioria das pessoas prefere descartá-lo no lixo. Mas qual é a atitude mais correta?
Quando jogar papel higiênico no vaso sanitário é permitido?
Muitas pessoas ficam em dúvida se é correto jogar papel higiênico no vaso sanitário ou não. De acordo com a Sabesp no mesmo artigo do UOL, a prática é permitida desde que a rede interna de esgoto esteja em boas condições, sem riscos de entupimento. Em prédios, por exemplo, onde a pressão da água é maior e o desnível elevado, o risco de obstrução é menor.
Em redes coletoras de diâmetro superior a 300 mm, conhecidas como coletores tronco da rede pública, o papel higiênico não causa problemas de obstrução, já que é facilmente desagregado pelo fluxo de água. As obstruções nesses casos são causadas por outros resíduos como cabelos, fibras, lixo plástico, preservativos, entre outros.
Por que não jogar papel higiênico no vaso sanitário?
Apesar de permitido em algumas situações, há algumas razões pelas quais não é recomendado jogar papel higiênico no vaso sanitário. Em primeiro lugar, o fato de que é essencial ter acesso à rede coletora de esgoto – algo que só acontece com 63,5% da população brasileira. Além disso, a prática exige um uso maior de água, já que é preciso acionar a descarga mais vezes. Em tempos de crise hídrica, isso pode ser um desperdício.
Também é importante frisar que papel higiênico jogado no vaso sanitário pode levar mais de 100 anos para se desintegrar em aterros sanitários, prejudicando o meio ambiente. Por isso, algumas ONGs e movimentos sociais recomendam evitar a prática e optar pelo descarte no lixo.
Confira um trecho da reportagem sobre descarte de papel higiênico:
“A maioria dos brasileiros joga papel higiênico usado no lixo, algo que é encarado com surpresa por americanos ou europeus que vêm fazer turismo por aqui. É que, nesses países, quase todo mundo joga tudo na privada, e morre de nojo de pensar em manusear o cesto com resquícios de fezes diariamente. Mas, afinal de contas, qual a atitude mais correta?
Evitar o descarte no vaso sanitário, no Brasil, é algo que está ligado a um motivo muito simples: pouco mais da metade das casas têm acesso à rede coletora de esgoto. Em 2013, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), só 63,5% da população contava com esse luxo. Na região Norte, o total não chegava a 20%.
Não se trata apenas de lugares pobres. Você pode passar as férias em uma bela casa no litoral norte de São Paulo e descobrir que, lá, xixi e cocô são direcionados para fossas sépticas, tanques enterrados no quintal com substâncias que digerem os sólidos, permitindo um descarte mais seguro para o meio ambiente. E a questão é que o papel higiênico pode entupir as fossas, prejudicando todo o processo.”
Leia a reportagem na íntegra aqui.