Lamberto Grinover, executivo da área de facility management, revela as melhoras práticas para evitar “tsunamis” causados pela crise econômica, equilibrando custos com qualidade dos serviços.
Em períodos de fortes dificuldades econômicas é um fator comum a necessidade de se reduzir os custos dos vários serviços de uma maneira tão forte e radical que a importância da qualidade dos mesmos passa em um segundo plano; muitas vezes chega a ser uma questão de sobrevivência.
Nestes momentos é fundamental que o gestor da área de facilities assuma uma postura crítica e ativa, não somente para sinalizar os riscos da tomada de uma ou outra decisão na redução dos custos, mas, principalmente, para mitigar que as consequências técnico-operacionais das escolhas – onde prevalecem as decisões de caráter econômico – tenham impactos e reflexos negativos perante os clientes.
Em todos estes meus anos de atividade como gerente de facilities em empresas multinacionais – seja no exterior ou no Brasil, sendo as únicas diferenças a língua falada e o nome da empresa escrita na cobertura do edifício, a busca da redução dos custos foi, e sempre vai ser, o denominador comum da equação, resultados operacionais versus qualidade do serviço. Boas práticas nos norteiam e indicam que passos podem ser tomados para que qualquer nova implantação, sob a ótica da redução não seja comparada a um tsunami de proporções inimagináveis:
- Análise detalhada dos novos modelos e/ou novas frequências das várias atividades, impactos e economias esperadas;
- Benchmarking com outras empresas similares para análise de impactos positivos e negativos;
- Discussão de novas modalidades com fornecedores capacitados, presentes no mercado;
- Implantação de um projeto piloto para teste dos resultados;
- Alinhamento de novas estratégias com o management da empresa;
- Atuação frente aos principais stakeholders para “evitar ruídos” pós-implantação;
- Informação capilar a todos os níveis da organização, informando as novas modalidades e metodologias;
- Acompanhamento e atenção redobrada durante a fase de implantação;
- Solicitação de feedback dos usuários;
- Flexibilidade para introduzir variações em um curto espaço de tempo;
- Acompanhamento contínuo das tendências internas e externas para definição de eventuais novas estratégias.
Pode parecer óbvio, mas a eficácia dos passos acima pode determinar o sucesso ou o fracasso de um projeto ambicioso de redução de custos.
Já estamos há anos nos dedicando a estudos e análises para encontrar novas soluções onde já foram percorridos muitos caminhos: otimização das atividades, variações de escopo, diminuição nas frequências e mudanças de fornecedores. Em grande parte dos casos, a maioria destas ações já foi implantada em prol da redução dos custos.
Daqui para frente, qualquer nova redução pode levar a resultados devastadores. Atingimos um nível de otimização tal que é muito difícil se esperar que reduções econômicas acima de dois dígitos percentuais possam ser facilmente absorvidas sem grandes impactos no dia a dia das operações.
Lembremo-nos sempre que hoje, como nunca, as empresas estão à procura das situações ideais que, no nosso caso, poderiam ser comparadas a ter uma garrafa cheia, a mulher bêbada e a uva na parreira. Equação de difícil solução. Boa sorte a todos nós!
A importância de mensurar os resultados da limpeza para conquistar um equilíbrio entre custos e qualidade dos serviços
A RL reafirmou o desejo de criar conteúdos ricos a fim de destacar boas práticas no mercado, proporcionar um diálogo entre os facilities e mensurar os resultados que comprovam a importância da limpeza para a preservação da saúde das pessoas. A limpeza evoluiu e os benefícios são muito maiores do que imaginávamos.
Temos hoje mais informação, equipamentos e métodos para medir, diagnosticar e reduzir a propagação de doenças, sem falar nos impactos positivos no meio ambiente, na produtividade e no bem-estar das pessoas. Quer saber como transformar limpeza em valor? Preencha o formulário a seguir e baixe o ebook “A Evolução da limpeza”!